Atividade Física Recomendada Na Gravidez

Caminhadas
Caminhar é sempre saudável e revigorante e, com passadas firmes e regulares, os benefícios para você e seu bebê serão muitos e imensos! Fique atenta à sua postura e respiração: com caminhadas, você pode desenvolver uma boa resistência aeróbica, isto é, um bom equilíbrio entre o consumo e a absorção de oxigênio em seu organismo.
Observe bem o tipo de calçado utilizado (tênis baixo, de preferência) e olhe sempre por onde anda para não cair, tropeçando em pedras, buracos ou desníveis do calçamento. que a caminhada seja eficiente, caminhe três vezes por semana em dias intercalados e por um período de 30 minutos no mínimo, mas não o faça logo após as refeições e nem se exceda se estiver fazendo muito calor.

Natação
Nade fazendo atividades simples na água, não utilize o estilo borboleta, não dê mergulhos da borda da piscina e muito menos do trampolim.Se você já realiza esta atividade há algum tempo, tenha cuidado: faça tudo com moderação!

Hidroginástica
Também é muito bom e gostoso. O corpo na água torna-se mais leve, ficando livre dos impactos e da força da gravidade. É um excelente exercício para desenvolver o tônus muscular e há academias que realizam este trabalho com gestantes.

Música e dança
Ouvir boa música é bom para o bebê e movimentos suaves também. Então, se você gosta de dançar, divirta-se e se mova ritmicamente, mas sempre com moderação! RPG (Reeducação Postural Global)

RPG
A RPG tem como base a manutenção da boa postura durante a gravidez, tanto na gestação quanto no período pós-parto. São atividades baseadas no alongamento muscular e na respiração, as quais sempre deverão ser realizadas junto com um fisioterapeuta.

Como medir a pulsação
É muito importante você monitorar o nível de pulsação cardíaca durante cada exercício, pois durante toda a gestação você não deve superar os 130 batimentos por minuto por mais de dez minutos seguidos.
Assim, a cada vez em que você se sentir ofegante ou cansada, meça sua pulsação. E você pode fazer isto de duas maneiras diferentes;
· A mais tradicional é usar o dedo médio para contar os batimentos cardíacos nos vasos sanguíneos do pulso, bem na junção da base do polegar com o punho (mas nunca use para isto o seu dedo polegar, pois a artéria que corre dentro dele pode atrapalhar a sua percepção e contagem da pulsação; use os outros dedos da mão).
· Outra maneira é medir a pulsação do sangue no pescoço. Para isto, apóie suavemente o dedo médio de sua mão direita na ponta de fora da sobrancelha esquerda, faça escorregar este dedo para baixo na mesma linha até o pescoço, um pouco abaixo do osso maxilar. Aí pulsa um importante vaso sangüineo que indicará com clareza para você a freqüência de seus batimentos cardíacos.
Você deverá contar o número de batidas que o coração dá durante um minuto (ou o número de batidas durante quinze segundos, para depois multiplicar por quatro e ter o total aproximado de um minuto).
E qualquer dúvida que você tiver a este respeito, sempre peça orientação ao seu médico.

Prisão De Ventre Em Gestantes

O problema é relativamente comum.
Duas em cada três mulheres grávidas sentem o sintoma. Algumas só percebem que estão esperando um bebê ao detectar o sinal.

É a prisão de ventre, também conhecida por constipação intestinal. Mais comum a partir do segundo trimestre da gestação, a doença acomete 38% das grávidas, segundo estudos que nortearam o mais recente consenso sobre o tratamento da constipação intestinal na gestante, publicado na Europa.

A prisão de ventre em gestantes tem duas causas mais comuns. Segundo o Dr. Flávio Antonio Quilici, professor titular de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da PUC Campinas, “a alteração hormonal nesse período e o aumento do útero no decorrer da gravidez tornam o intestino mais lento”. Durante a gestação, a concentração de progesterona se intensifica e atua sobre as fibras lisas da parede intestinal, fazendo com que elas tirem o pé do acelerador. Essa transformação, aliada à pressão do útero sobre os intestinos torna a ida ao banheiro ainda mais demorada ou menos freqüente.

Se a alimentação da futura mamãe for pobre em fibras e em líquidos, o problema se agrava ainda mais. “Na gravidez, a retenção de líquido pelo organismo é maior, tornando as fezes mais secas. Isso dificulta sua passagem pelo intestino”, explica Dr. Flávio. Por isso, a indicação médica para o tratamento da constipação passa, sobretudo, por uma boa alimentação. A prática de exercícios físicos também pode auxiliar no combate à prisão de ventre. “A atividade física estimula o peristaltismo (movimento intestinal) e ajuda na mobilidade do intestino”, ressalta.

Quando a mudança no estilo de vida não funciona, os médicos precisam lançar mão dos medicamentos. “Muitas grávidas recorrem aos chás laxativos, pensando que por serem ‘naturais’ não causam problemas à saúde. Pelo contrário. O chá de sene, por exemplo, causa cólicas e sensação de distensão abdominal (estufamento) na gestante”, alerta Dr. Flávio. Ele acrescenta que “como atuam estimulando diretamente os plexos mioentéricos do intestino, os chás são considerados laxantes irritantes e, por transporem a placenta, podem agir na criança ainda em gestação. Se utilizados no puerpério (período pós-parto), através do leite materno, atingem o recém-nascido”.

Entre as opções seguras para o tratamento do sintoma estão os laxantes formadores de massa, que estimulam o trânsito intestinal.

Comer ou não comer
Uma boa dieta alimentar é uma excelente pedida para evitar a prisão de ventre durante a gravidez. A ingestão de líquidos e de fibras alimentares aumentam a concentração das fezes, facilitando sua eliminação.

Confira as indicações:
• Beba de 8 a 12 copos (2 a 3 litros) por dia. Água, sucos naturais e água de coco são boas opções. Evite refrigerantes e bebidas gasosas.
• Coma frutas que formam resíduo, como mamão, ameixa e melão. Evite banana, maçã e goiaba, que são constipantes. Prefira sua ingestão com iogurte, cereais e aveia.

Consumo De Mel Na Gravidez

Na Europa, o mel faz parte da alimentação diária e está associado à imagem de flores.
O consumidor é convidado a saborear o bouquet, conjunto de aromas das flores, de onde o néctar foi coletado pelas abelhas para a produção do mel. Nos países orientais, é considerado um presente da natureza para o bem-estar do ser humano. No Brasil, o mel é uma receita popular contra gripes e resfriados, além de uma alimento saboroso que faz bem à futura mamãe.

Em todo o mundo o mel é consumido pelo seu delicioso sabor, por suas vantagens como alimento e propriedades medicinais, conhecidas há milênios, e que estão comprovadas por pesquisas científicas. O consumo do mel in natura, ou associado a plantas medicinais, vem aumentando na maioria dos países.

O mel é o único adoçante natural que além de fornecer energia (314 calorias/100g), apresenta uma quantidade considerável de nutrientes para o organismo humano.
"Também combate o estresse, e aumenta a imunidade do organismo, que diminui com o cansaço físico ou mental", salienta a pesquisadora de produtos naturais, Mara Danuza. O mel é rico em frutose e glicose, monossacarídeos que possuem estrutura simples, e são absorvidos pelo organismo através da corrente sanguínea imediatamente após a ingestão, ao o contrário do açúcar, que é um dissacarídeo, cujas moléculas precisam ser transformadas pelo organismo antes de serem assimiladas.

"Como complemento alimentar o mel é importante devido a sua composição rica em nutrientes essenciais ao corpo, é indicado como suplemento alimentar diário para todas as idades", afirma. Uma pessoa deve ingerir, no mínimo, uma colher de sopa (30g) de mel por dia.
É indicado para as afecções das vias respiratórias, como faringites, bronquites, coriza, laringites, tosses e resfriados; nos casos de cólicas intestinais, úlceras da mucosa gástrica; afecções hepáticas; alivia dores de cabeça e a depressão.

Composição química do mel
Açúcares - 78% a 80% Tipo monossacarídeos - glicose (31%), frutose (38%), maltose (7%) e outros açúcares complexos.
Lipídeos 0,1 % - ácidos graxos como o oleíco, linoleíco e palmítico Proteínas 1% - Aminoácidos livres Ácido aspártico, ácido glutâmico, alanina, arginina, aspargina, cistina, glicina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, prolina, serina, treonina, triptofane, tirosina e valina Sais Minerais 0,2% - principalmente, cobre, manganês, ferro, enxofre, bório, fósforo Vitaminas A, B1,B2,B3,B5,B6,B8 e B9, C, D, K

Alimentação À Base De Fibras É O Melhor Remédio Contra Hemorróidas

Com a gravidez confirmada, o primeiro passo é procurar o ginecologista e com ele traçar a melhor forma de encarar os noves meses de gestação de maneira saudável e agradável.

Gravidez, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é doença, é vida. Uma nova vida que se forma dentro da mulher. Todos os sentimentos e emoções da nova mãe são passados para o feto e por esse motivo
é muito importante que a mulher aceite a gravidez e principalmente as mudanças que irão ocorrer durante os meses .

Alguns exames serão realizados no início da gravidez para que o médico possa avaliar o estado de saúde da grávida. Atualmente o teste de Aids está incluso na bateria de exames.
Caso seja portadora de alguma doença infecto-contagiosa ou diabetes e hipertensão, entre outras, os cuidados deverão ser dobrados.

Segundo o ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Camilo, dr. Masami Sato, durante a gravidez a mulher tem que se alimentar bem. "Durante a gestação a maioria das mulheres tendem a ficar com o intestino preso e o ideal é consumir alimentos com bastante fibras, como frutas e verduras. A alimentação à base de fibras também previne contra o aparecimento das indesejáveis hemorróidas", declara.

O Uso De Cinto De Segurança Na Gravidez

A Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina lançaram uma diretriz orientadora para definir o uso adequado do cinto de segurança durante a gravidez, com o intuito de esclarecer e reduzir ferimentos provocados por acidentes de trânsito.

Orientação
A mulher grávida quando motorista ou passageira de um automóvel deve:
• Usar sempre o cinto de segurança “tipo três pontos”;
• A parte pélvica do cinto de três pontos (faixa subabdominal) deve ser colocada abaixo da protuberância abdominal, ao longo dos quadris e na parte superior das coxas;
• A faixa diagonal deve cruzar o meio do ombro, passando entre as mamas e lateralmente ao abdome, nunca sobre o útero;
• Nunca colocar a faixa superior do cinto por trás do tórax nem tampouco colocá-la sob o braço ou na axila. Jamais sentar-se sobre a faixa inferior/pélvica (subabdominal) para utilizar unicamente a faixa superior/torácica (diagonal);
• Em veículos dotados de airbag utilizar apropriadamente o cinto de segurança e afastar o banco o máximo possível para trás, até o limite que permita o perfeito contato com o volante e com os pedais, quando na direção do veículo;

Riscos mais freqüentes em gestantes que não usam o cinto de segurança
• Óbito fetal
• Baixo peso ao nascimento
• Prematuridade
• Descolamento prematuro de placenta
• Hemorragias no parto
• Rotura uterina

Legislação Brasileira
No Brasil, cintos de segurança são equipamentos obrigatórios para todos os ocupantes de Veículos. Seu uso é obrigatório para todos os ocupantes do automóvel (condutor e passageiro) em todas as vias do território nacional.

Qual A Melhor Posição Para Dormir?

Quando sua barriga começar a crescer, talvez seja difícil se adaptar a uma nova posição para dormir, caso você tenha se acostumado a deitar de barriga para baixo.

Com a expansão da barriga, esta posição poderá trazer certos incômodos e você terá que escolher um novo jeito para dormir. Se você está acostumada a dormir de costas, também terá que mudar de posição, pois embora seja confortável, você estará colocando todo o peso do útero grávido sobre as costas, intestinos e a veia cava inferior, responsável pelo retorno do sangue da parte inferior do corpo para o coração.

Com isso, poderá ocorrer o surgimento de dores lombares e hemorróidas, inibição da função digestiva, interferência na respiração e circulação e até queda da pressão arterial.

Para garantir um bom sono, a gestante poderá dormir de lado, de preferência do lado esquerdo, com um travesseiro entre as pernas.

Esta posição facilita o fluxo de sangue e de nutrientes para a placenta e estimula a função renal. É difícil permanecer durante toda a noite dormindo numa mesma posição, e não se preocupe se acordar deitada de barriga ou de costas, apenas volte a deitar-se de lado.

Nas primeiras noites você poderá ter dificuldades para dormir a maior parte do tempo numa só posição, mas o corpo logo vai se adaptar e você se sentirá confortável.

Como Preparar Os Seios Para Amamentação

A natureza prepara os seios naturalmente para o aleitamento e não há necessidade de exercícios especiais se a futura mamãe possui mamilos protusos (para fora). No entanto, é recomendável expor os mamilos ao sol pela manhã ou no final da tarde, além de usar sutiã com orifícios centrais.

Os cremes hidratantes podem ser usados somente em torno das mamas, respeitando os mamilos e auréolas.

Durante o pré-natal, o seu médico deverá avaliar se a futura mãe possui mamilo normal, plano ou invertido. No caso de seios invertido, por exemplo, alguns exercícios feitos na auréola, o mais próximo possível do mamilo, ajudam bastante. Usando as duas mãos, com os polegares, faz-se movimentos para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo.
Feitos duas ou três vezes por dia esses movimentos podem tornar o mamilo normal, o que permitirá uma amamentação mais tranqüila.

A mama, conhecida como peito ou seio, apresenta internamente um conjunto de 15 a 20 glândulas mamárias (parecidas com cachos de uva), dispostas ordenadamente em seu interior, de modo que o começo de cada conjunto de glândulas mamárias, fica na altura do mamilo.
Cada uva bem pequena é ligada a outras e estas a canais finos e curtos, que se ligam a uma bolsa ou depósito de leite. Este depósito de leite fica situado sob a região próxima a auréola, isto é, aquela parte mais escura em volta do bico do seio.

Para evitar que o seio fique empedrado, deve-se usar sutiãs que dêem maior sustentação aos seios, para permitir que os canais do leite sejam mantidos retos.

A Perda De Líquido Aminiótico Pode Ser Prejudicial A Mãe

A perda do líquido amniótico ocorre quando há uma ruptura das membranas amnióticas, responsáveis por proteger o precioso material. Isto geralmente acontece no nível do colo uterino e, na maioria das vezes, a ocorrência é verificada antes do bebê estar "maduro".

A causa mais provável está ligada à presença de infecções vaginais que fragilizam estas membranas. Outras situações de risco, incluem a ruptura alta das membranas, ou seja, longe do colo uterino, quando o diagnóstico é mais difícil. As causas são pouco conhecidas. "Em situações em que procedimentos invasivos são realizados, como no caso da amniocentese ou cordocentese, existe o risco de haver uma ruptura, chamada iatrogênica", explica o coordenador do Pré-natal Especializado e chefe do Pronto-Socorro de Obstetrícia, Dr. Abner Augusto Lobão Neto.

A perda de líquido pode ser danosa para a mãe, pois a predispõe a infecções que podem estar presentes na vagina. Essas infecções podem entrar em contato com o ambiente protegido, no qual encontra-se o bebê. "Esta potencial infecção pode ser muito desfavorável ao bebê. A criança pode nascer gravemente doente e, em casos que conhecemos como sepsis (infecção generalizada), o problema pode levar o feto à morte", alerta.
Para a mãe, uma infecção no útero pode levar à perda o órgão, ou ainda à morte, caso a infecção se alastre para o restante do organismo.

Deve-se sempre levar em consideração a idade gestacional em que ocorre a perda do líquido amniótico. Se o fato acontece bem no início da gravidez, nos primeiros três meses, a evolução do quadro apontará para um possível aborto. Em raros casos, há o fechamento espontâneo de orifício por onde se dá a saída do líquido, portanto, a gestação prossegue normalmente a partir de então.

Quando a infecção ocorre após as 37 a semana de gestação, o melhor a acontecer é o nascimento do bebê, que nesta ocasião encontra-se maduro. Agora, quando o fato ocorre no "meio" da gravidez, a situação é bem mais delicada.

Podemos dividir este período em duas partes:
Na inicial, entre as 12º e 26º semanas, aproximadamente, quando a possibilidade de sobrevivência do bebê é menor, sendo proporcionalmente maior de acordo com a idade gestacional.
Entre 26º e 37º semana o índice de sobrevivência é bem maior, especialmente se não houver infecção do bebê.

Infecção Urinária

Mulheres com predisposição à infecção urinária, devem ter cuidados dobrados durante a gestação, já que a tendência se acentua durante este período. O problema preocupa, pois há risco de parto prematuro. A infecção pode romper precocemente a bolsa, causando assim, o parto.

Cuidados simples podem prevenir o problema, mas nada substitui o acompanhamento médico periódico. Duas dicas são básicas: jamais segure o xixi, principalmente após as relações sexuais e, use e abuse dos líquidos, principalmente da água.

O ideal, para mulheres que apresentam o problema antes da gestação, é discutir com o ginecologista formas de evitar o problema durante a gravidez.

O Fumo Dificulta O Crescimento Do Feto

O cigarro predispõe ao câncer de pulmão, arteriosclerose, asma, bronquite e várias outras doenças. Assim, mulheres grávidas que fumam colocam em risco não apenas sua saúde, mas também a do bebê. O fumo diminui a oxigenação do sangue e atrapalha o desenvolvimento da criança, o que faz com que os filhos de fumantes apresentem peso e estatura menores.

Fumar faz mal para a saúde. A própria embalagem do cigarro alerta sobre isso. Fumar durante a gravidez, então, é duplamente perigoso, porque prejudica não apenas a gestante, como também o bebê. A rigor, não se deveria nem fumar perto de uma mulher grávida, porque está provado que mesmo a fumaçaa que se recebe indiretamente, o chamado "fumo passivo", é prejudicial à saúde. Isso foi comprovado cientificamente. Como não se pode fazer experiências com humanos, utilizam-se animais muito próximos do homem, como o macaco rhesus.

Realizam-se, constantemente, comparações entre as gestações de mães fumantes e não-fumantes, além de estudos com os filhos destas mulheres, tanto durante a gravidez quanto no crescimento e no período escolar.
Estudos constataram que na fumaça do cigarro há quatro mil produtos químicos diferentes. Menos de 1% deles, cerca de trinta, são nocivos ou atuantes na saúde humana. Os mais prejudicias, atualmente citados no próprio maço são a nicotina e o alcatrão.

Embora não sejam mencionados na embalagem, os gases também prejudicam a saúde, principalmente, o monóxido de carbono - o mesmo que sai do escapamento dos automóveis. Nesse sentido, fumar é quase como por a boca no escapamento de um carro. Algumas das substâncias presentes na fumaça do cigarro são cancerígenas, outras simplesmente irritam o pulmão. Por isso, quem fuma pode ter mais tosse, bronquite e asma.
O monóxido de carbono se liga a hemacea, célula que transporta o oxigênio do sangue, diminuindo sua capacidade. Já a nicotina, altera o sistema nervoso, deixando o fumante mais elétrico, mais aceso. Outro grande prejuízo que o fumo causa ao organismo é predispor à areteriosclerose, ou seja, ao enrijecimento dos músculos dos vasos sanguíneos, facilitando a desposição de cálcio e gordura, o que pode levar ao derrame cerebral, enfarte e, até mesmo, à morte.

As mulheres grávidas, como outras fumantes, estão sujeitas a todos esses problemas. Mas não apenas isso. A própria gestação pode começar mal em razão do tabagismo. Sabe-se que a gravidez ectópica, que ocorre fora do útero, nas trompas, e não evolui porque pode acabar se rompendo e ocasionar hemorragia interna, é mais frequente em fumantes.

Também há possibilidade de aborto nos três primeiros meses. Há ainda , após o quinto mês, o risco do que se chama de descolamento prematuro de placentra, em virtude de má-irrigacao sanguínea pelo enrijecimento de veias e artérias que, quando ocorre, causa a morte de 50% dos fetos.

No Brasil não há estatísticas sobre mortes de fetos em consequência do cigarro. Mas para se ter uma idéia, nos Estados Unidos calcula-se que se as gestantes parassem de fumar, poupariam a cada ano, cerca de 4.600 vidas. No Reino Unido seriam 1.500.

O feto é igualmente prejudicado pelo fumo. A ação do cigarro sobre as artérias provoca má-irrigação sanguínea da placenta, que fornece os nutrientes e o oxigênio para o bebê. Isso leva ao desenvolvimento inadequado - estatura e peso menores. Estudos realizados com crianças de 7 e 11 anos comprovaram que filhos de fumantes continuam com baixa estatura, embora eventualmente possam recuperar o peso. E, na escola, têm dificuldade para acompanhar os outros meninos, filhos de não-fumantes. Tem deficiência em leitura e abastração.

Os pais devem ficar atentos e, constatada a dificuldade dos filhos, levá-los ao médico. A primeria providência é melhorar o meio ambiente da criança. Se é filha de fumantes, vai continuar fumando indiretamente, pelo resto da vida. Assim, os pais precisam deixar o fumo de lado. Outra coisa é oferecer à criança estímulos para que tenha crescimento na aquisição de conhecimentos. Há técnicas pedagógicas que podem ser utilizadas para isso.

Quanto ao crescimento corpóreo, pode ser corrigido mediante uma dieta balanceada com todos os nutrientes e exercícios físicos adequados a cada fase da criança. É muito comum pensar-se que esses problemas acontecem somente com quem fuma demais. Não é verdade. Bastam dez a doze cigarros por dia para atingir o máximo em danos.

O Fumo Na Gravidez

Os malefícios do cigarro são descritos minuciosamente pelos especialistas, que na última década, realizaram diversas pesquisas sobre o efeito do fumo.

Em gestantes o problema é ainda mais grave, pois além de debilitar a mãe, atinge impiedosamente o feto.
Oendocrinologista Flávio Rotman, autor do livro Gravidez sem risco - a nutrição in útero, afirma, no livro, que as fumantes têm maior propensão a partos natimortos ou dão a luz a bebês com baixo peso no nascimento e com maior vulnerabilidade de doenças e à morte.

No ato de fumar a mãe está privando seu filho de oxigênio, aumenta a probabilidade de aborto e faz com que o feto corra risco de malformação.
Os especialistas recomendam que a gestante pare de fumar antes do quarto mês, medida que elimina conseqüências adversas para o bebê. Alguns médicos acrxeditam que a fumaça inalada dos cigarros de terceiros, também podem causar riscos. Por esta razão, recomendam que o pai também pare de fumar.

Não Consigo Parar de Fumar. O que Fazer?
Uma das alternativas é reduzir a quantidade de cigarros, optar por marcas com baixo teor de nicotina e alcatrão, não tragar e apagar o cigarro quando estiver na metade. Estas são soluções paliativas, mas a recomendação dos médicos é categórica:
PARE DE FUMAR!

Problemas Da Cafeína Na Gravidez

A grávida que não resiste a algumas xícaras de café e alguns copos de refrigerante deve ficar atenta à saúde do bebê. Um estudo recente da agência de classificação de alimentos Inglesa, a FSA, recomenda que gestantes evitem mais que 300 miligramas de cafeína por dia.

A cafeína que está presente no café, chá, refrigerante e chocolate, atravessa a placenta entrando no sangue do bebê. Se consumida em excesso ela causa problemas que vão do aborto até ao baixo peso do récem-nascido.
Além disso, quando está grávida a mulher reduz sua capacidade de metabolizar a cafeína. Para se ter uma idéia, enquanto uma pessoa normal leva de quatro a seis horas para ter os efeitos da cafeína - presente em uma xícara de café - totalmente cessados, a grávida amplia esse período para 18 horas.

Assim, o limite aconselhado pela FSA para que a grávida não prejudique sua saúde e a do bebê é de 300 miligramas de cafeína por dia. Isto significa quatro xícaras de café solúvel (75 mg de cafeína por xícara), três de café fresco (100 mg por xícara), seis xícaras de chá (50 mg cada uma), oito latas de refrigerante e 400 gramas de chocolate.

Álcool Na Gravidez

O consumo abusivo de bebidas alcóolicas durante a gravidez pode trazer conseqüências graves para o recém-nascido.

Desta forma, a gestante deve evitar o consumo de bebidas alcoólicas ao longo da gestação e durante o período de amamentação, pois o álcool passa para o leite materno.
Para os especialistas mais de dois copos de bebida alcóolica duas vezes por semana já é considerado um consumo excessivo.

O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), concluiu através de pesquisa que cerca de um terço dos bebês de mães que fizeram uso excessivo de álcool durante a gravidez, são afetados pela "Síndrome Fetal pelo Álcool".

Os recém-nascidos afetados por esta síndrome apresentam sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de apresentarem tremores (sintomas que lembram a síndrome de abstinência). As crianças severamente afetadas e que conseguem sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar anormalidades faciais, retardo no crescimento e problemas no sistema nervoso central, além de problemas irreversíveis com aprendizado, memória, fala e comportamento.

Em outro estudo publicado na revista "Alcoholism: Clinical & Experimental Research", pesquisadores descobriram que altos níveis de álcool durante o terceiro trimestre de gravidez afeta o desenvolvimento do cérebro do feto.

O álcool ingerido pela mãe mata um grupo importante de neurônios que filtram e sintetizam a informação que deixa o cerebelo e vai para outras regiões do cérebro.

Como Evitar Celulite

Quem não tem celulite, corre sérios riscos de adquiri-la durante a gestação. Para as mulheres que já tem, o problema tende a piorar, principalmente, no bumbum e nas coxas.

Isso ocorre devido a um conjunto de fatores:
• alterações hormonais
• deficiência de circulação
• excesso de peso
• retenção de líquidos
Todos esses fatores contribuem para que haja inflamação no local.

Dever-se evitar a retenção de líquidos e o aumento excessivo de peso.
Os cremes anticelulite podem ajudar a prevenir o problema porque contêm substâncias como ginko biloba, centelha asiática, thiomucase e hialuronidase, que combinadas à massagens, esquentam a região e aliviam a circulação.

Ingredientes como a cafeína, evitam o acúmulo de gordura.
Os tratamento anticelulite convencionais – com aplicação de aparelhos e substâncias específicas – não são permitidos, pois além de perigosos para o feto, provocam dor e desencadeiam alergia.

Em alguns casos, a celulite no período da gestação é temporária, podendo sumir poucos meses depois, por isso, é melhor esperar e não descuidar dos tratamentos alternativos – massagens e cremes naturais.
A boa alimentação, baseada em alimentos naturais, ajuda e muito. M

ais uma dica: fique longe das comidas gordurosas e dos refrigerantes. Seu bebê e seu corpo irão agradecer!

Como Evitar Manchas No Rosto

O melasma é um tipo de mancha característico da gestação, que surge em mulheres com predisposição genética.

A causa é o aumento das taxas de hormônios e exposição à radiação solar. O melasma apresenta-se em manchas grandes e de tonalidade marrom. As maçãs do rosto, o buço e a região embaixo dos olhos são as mais atingidas.

Para evitar esse tipo de mancha, deve-se ficar longe do sol durante a gestação. Por isso, não saia de casa sem antes de aplicar um bom bloqueador solar e, se possível, use um chapéu. Pela manhã, após aplicar no rosto uma loção de limpeza suave, aplique o bloqueador solar, espere alguns minutos e passe um hidratante facial que contenha, de preferência, vitamina C.

Em seguida, você pode fazer a maquiagem normal, mas prefira produtos que ofereçam proteção solar. O tratamento das manchas durante a gestação não são recomendáveis devido a presença de substâncias clareadoras, como hidroquinona, nos cremes. Também não é recomendável a realização de peelings químicos.

A maquiagem é uma das opções para disfarçar as manchas. Os produtos corretivos podem disfarçá-las, deixando a pele homogênia. Uma base cremosa deve ser aplicada primeiro, do rosto ao pescoço.

Em seguida, deve-se aplicar um corretivo cremoso, um tom mais claro do que a base, em cima de cada mancha. Por último, use um pó facial em todo o rosto, no mesmo tom da sua pele.

Mitos E Verdades Sobre Enjôos

Os enjôos, comuns durante os primeiros quatro meses de gestação, não têm uma explicação médica, pois não são uma regra.
Alguns médicos acreditam que eles possam ser psicológicos, uma forma inconsciente de rejeição. É, por exemplo, resultado de uma gravidez não planejada ou não aceitar o fato de que seu corpo e vida irão mudar.

Segundo o ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Camilo, dr. Masami Sato afirma, os desejos por vezes incontroláveis também são psicológicos e fazem parte do folclore em torno da gravidez.

A azia, associada muitas vezes pelos amigos e parentes à quantidade de cabelo do bebê, também é folclore, pois ela está ligada às alterações hormonais ocorridas durante a gestação.

As dicas do dr. Masami para uma gestação sem problemas são:
• Procure não engordar mais do que 12 quilos.
O conselho vale para gestantes que estiverem no seu peso ideal; as magras poderão engordar um pouco mais e as mais robustas deverão engordar o mínimo possível, pois o aumento exagerado de peso dá chance de complicações na hora do parto.
• Exercícios sempre são bem-vindos, andar, nadar e hidroginástica são ideais.
Todas estas indicações somadas a amor, tranqüilidade e harmonia, sentimentos que já são entendidos pelo feto com certeza trarão nove meses de pura emoção.

Uma Alimentação Saudável Para a Gestante

Os organismos vivos sofrem transformações orgânicas sazonais, de acordo com as modificações do ambiente a cada nova estação. A passagem do verão para o inverno é a fase em que os cuidados com a saúde devem ser redobrados, principalmente em mulheres gestantes. Nessa fase é imprescindível uma alimentação balanceada e a busca de equilíbrio entre a alimentação e as atividades físicas e mentais.

Algumas regras básicas de alimentação para cada estação podem ser inseridas facilmente no dia-a-dia da gestante.
No inverno, por exemplo, é preciso consumir alimentos que aqueçam o corpo como folhas amargas e fibrosas, maior quantidade de sais minerais e menos líquidos. Simultaneamente, é importante se exercitar bastante para que o corpo queime as calorias, já que no inverno a tendência é de acúmulo de gorduras no organismo.

No verão é importante aumentar a ingestão de líquidos, pois há tendência à perda d’água nesta estação. As proteínas animais e os doces devem ser controlados em qualquer estação. Esses alimentos, quando consumidos em excesso, causam enfraquecimento da imunidade sangüínea. A mucosidade uterina é o barômetro da saúde da mulher. Para elas as conseqüências do abuso desses alimentos é ainda mais visível. A mulher com a imunologia sangüínea enfraquecida adquire infecções, principalmente no aparelho reprodutor. A sintomatologia são corrimentos anormais, de cor amarelada, marrom ou rosa (os corrimentos incolores ou de consistência leitosa são normais).

É fundamental detectar qualquer corrimento vaginal logo no início, para que sejam tomadas as medidas necessárias para uma boa recuperação. Para corrigir os problemas ligados ao aparelho reprodutor feminino aconselha-se a regularização da dieta, a ritmoprática e a autocontroleterapia.
O banho de assento preparado com folhas secas de nabo é um tratamento efetivo, regenerador do aparelho genital feminino.

Amamentação E O Desenvolvimento Da Arcada Dentária

Ao mamar no peito, a criança não está apenas sendo alimentada, como também fazendo um exercício físico importante para desenvolver sua ossatura e musculatura bucal.
Toda a musculatura bucal é desenvolvida através deste ato - músculos externos e internos, que quando solicitados estimulam o crescimento ósseo. Mamar no peito não é fácil, vem daí o fato do bebê transpirar bastante.
Esse exercício é o responsável inicial pelo crescimento harmonioso da face e dentição.

Quando a amamentação é substituída pelo leite oferecido em mamadeiras, esse exercício é praticamente inexistente. O bebê automaticamente irá preferir a mamadeira, pois tem maior facilidade para sugar o leite, que flui por um furo generoso no bico.

O uso de mamadeiras com bico muito abertos não satisfaz às necessidades de sucção, não exigindo esforço da criança para a obtenção do alimento. Assim, a mamadeira impele o bebê a outros hábitos de sucção, tais como chupar o dedo ou chupeta.

Maxilares bem desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento dos dentes, diminuindo assim, a necessidade do uso de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala.

Durante a amamentação, aprende-se a respirar corretamente pelo nariz, prevenindo-se o aparecimento de amigdalites, pneumonias, entre outras doenças.

Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais suscetíveis à cárie e as gengivas à inflamação; os maxilares tendem a sofrer mal formações e os dentes a ficarem "encavalados", aumentando assim, o risco de cárie, já que dentes mal posicionados facilitam o acúmulo de resíduos e dificultam a higienização.

Massageando O Bebê

Desde o nascimento, abraçar e acariciar com amor e confiança é vital para o desenvolvimento de uma criança saudável.
O Tui Na, uma massagem oriental que tem por objetivo desenvolver o potencial intelectual e assegurar que a criança seja mais saudável mostra que o toque é parte importante do dia-a-dia, nutrindo o corpo, a mente e o espírito da criança filho, fortalecendo os laços entre pais e filhos. Como a massagem indiana shantala, o Tui Na baseia-se em técnicas simples, desenvolvidas para crianças há milhares de anos. Elas fortalecem o sistema imunológico do bebê; promovem um agradável desenvolvimento físico e mental; estimulam a habilidade intelectual; curam tosse, resfriado, agitação e outras doenças passageiras.

Na China, a massagem Tui Na para crianças pequenas é usada nos hospitais de Medicina Chinesa Tradicional, onde é utilizada no tratamento de todos os problemas comuns da infância, como febre, vômito, diarréia e convulsões. As técnicas de Tui Na também são empregadas diariamente em muitas escolinhas maternais chinesas, onde as crianças usam automassagem no rosto para melhorar a visão.

Tui Na para crianças pequenas é uma forma especial de cuidar da saúde que os chineses criaram para favorecer o desenvolvimento de um corpo saudável, um sistema imunológico forte e um intelecto ágil durante o período de formação mais importante para a criança - até os cinco anos de idade.

Esse sistema tem por objetivo fortalecer e equilibrar os órgãos internos para que a criança se torne mais resistente a doenças e para estimular o cérebro. A rotina de cuidar da saúde com massagem é uma prática especial para o corpo, destinada a restaurar o equilíbrio das energias para se obter o máximo de saúde e bem-estar.

Direitos Da Gestante

Carregar uma vida no ventre lhe dá direitos especiais que você pode (e deve!) exercer para garantir uma gestação saudável, mesmo antes da barriga aparecer. Conheça as proteções que a lei garante à mulher grávida:

Sem espera

Grávidas sofrem com inchaço nas pernas e pés se ficam muito tempo de pé. Por isso, estabelecimentos públicos e privados, como bancos e supermercados, têm guichês e caixas especiais que dão prioridade a gestantes. Assim, você não precisa ficar horas na fila. Caso não haja atendimento exclusivo, você deve pedir que lhe passem na frente.

Lugar garantido

Em ônibus e metrôs grávidas também têm um assento garantido se estiver ocupado por alguém sem essa condição especial, não hesite em pedir licença. Se a barriga está muito grande, você não é obrigada a entrar na roleta e pode pedir uma passagem alternativa.

Falta sem bronca
Sempre que for às consultas pré-natal ou tiver que se ausentar do trabalho ou estudo para fazer algum exame, solicite ao serviço de saúde uma declaração de comparecimento. Apresentando esse atestado, você terá sua falta justificada. O advogado trabalhista Sérgio Carlin recomenda evitar ao máximo sair sem justificativa. Tente manter a mesma produtividade de antes, para não dar motivos para uma dispensa futura , diz.

Trabalho seguro

Grávidas têm o direito de mudar de função ou setor no trabalho, caso o que faça hoje possa provocar problemas para a saúde da mãe ou do bebê. Converse com o obstetra e conte como é sua rotina. Caso ele ache necessário, é só apresentar um atestado dele à gerência, comprovando que você precisa mudar de função.

Tempo para o bebê

A partir do oitavo mês de gestação, você tem direito a uma licença-maternidade de 120 dias, recebendo salário integral e todos os benefícios legais. Seu marido, por sua vez, tem uma licença-paternidade de cinco dias, logo após o nascimento do bebê. Até seu filhote completar seis meses, você deve ser dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de trinta minutos, para amamentar.

Emprego estável
Enquanto estiver grávida e até cinco meses após o parto, você tem estabilidade garantida no emprego e não pode ser demitida. A não ser por justa causa, nos casos previstos pela legislação trabalhista como, por exemplo, se cometer um crime.

Qual a melhor dica que você já recebeu para levar adiante
uma gravidez tranqüila?

Cursos para gestantes: aprenda antes da hora

Respirar durante o parto, dar banho, trocar fralda, vestir e amamentar o bebê. Por mais pródiga que seja a natureza, as mulheres não nascem sabendo tudo isso não é à toa que a maioria das grávidas pede uma mãozinha para a mãe ou para a sogra, no começo. Para se sentir mais segura nessas tarefas, que tal treinar enquanto o bebê ainda está na barriga?

É para isso que servem os cursos para grávidas. Lá, você vai encontrar outras gestantes tão curiosas e inexperientes quanto você. E o melhor: loucas para falar sem parar sobre a gravidez, os ultra-sons, os chutes na barriga de madrugada, os enjôos e todos esses assuntos que nunca se esgotam e que suas amigas não-grávidas cansaram de ouvir!

Os cursos são recomendados para mulheres a partir do quinto mês de gestação. Em geral, aprende-se sobre as mudanças físicas e emocionais que ocorrem na gravidez, o trabalho de parto, técnicas de respiração e relaxamento, cuidados com o recém-nascido, amamentação, como dar banho e fazer o curativo umbilical.

Em algumas instituições, a participação do companheiro é permitida e até recomendada. Muitas cidades do país contam com cursos gratuitos, geralmente vinculados a hospitais, maternidades e universidades públicas. Em outros lugares eles são cobrados, e chegam a custar R$ 200. A carga horária varia de quatro a 16 horas.

Segundo o anestesista Sergio Amaral Miranda, especialista em ginástica médica para gestantes, o importante é procurar cursos com professores qualificados de preferência, uma equipe com médicos e profissionais de outras áreas, como psicólogos. Prefira um curso vinculado a alguma instituição reconhecida, como um hospital ou uma maternidade , recomenda.

Cordão Umbilical

Antigamente era só cortar e pronto. Terminava ali a vida útil do cordão umbilical. Hoje, o fio que serve de elo entre você e seu bebê durante a gravidez pode ainda ser necessário para ele muitos anos depois do nascimento. Dentro do cordão, esconde-se um mistério que a medicina ainda se esforça para entender e que pode curar doenças como câncer e salvar a vida do seu filho.

Foi o avanço das pesquisas com células-tronco que promoveu o cordão umbilical e fez com ele saísse do lixo dos hospitais para ser mantido nos freezeres das clínicas especializadas. O que elas têm de tão especial? A capacidade de se transformar em diferentes tipos de células novas e saudáveis, tratando problemas considerados sem cura, antes.

As células-tronco existem em pequena quantidade no nosso corpo e em abundância no cordão umbilical. Daí a importância de guardar esse reservatório. Certamente não é nada agradável pensar que seu pequeno possa precisar de um tratamento médico assim um dia.

Mas optar pelo armazenamento das células-tronco do cordão umbilical pode ser uma forma de prevenir sofrimentos no futuro. Se a medicina avançou tanto a esse ponto, temos que utilizar esses benefícios. É o tipo de coisa que fazemos rezando para não precisar nunca , resume a atriz Nívea Stelmann, que contratou os serviços de uma clínica especializada para guardar os partes do cordão de seu filho, Miguel. Ficou interessada?

Células-tronco, modo de usar

Inicialmente, o uso das células-tronco do cordão umbilical estava restrito ao tratamento de leucemia, o câncer do sangue. Nos últimos anos, as pesquisas avançaram muito, e já são cerca de 40 doenças que podem ser tratadas, entre problemas hereditários, doenças neurológicas, imunológicas e lesões pós-trauma.

Como a medicina não pára de avançar, é bem possível que, no futuro, outros problemas de saúde também entrem nessa lista. E o melhor é que ser tratado com células-tronco próprias aumenta muito a chance de um bom resultado. Se for para entrar na fila por um doador, pode não ser tão simples assim. Como no transplante de órgãos, é preciso haver compatibilidade.

No Brasil, onde a diversidade étnica é grande, pode ser difícil encontrar um doador plenamente compatível para fornecer células-tronco , afirma o médico Isolmar Schettert, responsável pela Cordvida, uma das clínicas que armazenam cordões umbilicais no país. Além de assegurar seu filho, as células do cordão umbilical podem um dia ajudar na cura de doenças de um irmão ou primo.

O preço da segurança

As clínicas especializadas oferecem diversos planos para quem quer armazenar células do cordão umbilical do bebê. Eles têm um custo bastante alto para os padrões nacionais, mas vale a pensa ponderar o investimento.

Em geral, o valor para o primeiro ano de armazenamento varia entre R$ 4 mil e R$ 5 mil, incluindo a coleta, o transporte e o processamento das células. Depois, a cada ano, você deve desembolsar um valor próximo a R$ 700 para a manutenção.


Como funciona

1 Logo após o parto, o cordão umbilical é coletado e transportado nas condições necessárias até a clínica que irá armazenar as células.

2 O sangue do cordão é processado em um sistema fechado e estéril, minimizando o risco de contaminação do material.

3 No final do processamento, é realizado um teste de viabilidade e a contagem celular do material a ser armazenado. Também são feitas provas microbiológicas no sangue do cordão e exames no sangue materno.

4 Depois de processadas, as células-tronco do sangue do cordão umbilical são congeladas em bolsas criogênicas e armazenadas em nitrogênio líquido a 196 graus negativos, em tanques vedados e controlados por um sistema robotizado e computadorizado.

Veja as doenças que podem ser curadas com o uso de células-tronco

Câncer

Leucemia linfóide aguda.

Leucemia mielóide aguda

Linfoma de Burkitt

Leucemia mielóide crônica

Leucemia mielomonocítica

Síndrome mielodisplásica

Neuroblastoma

Linfoma não-Hodgkin

Linfoma de Hodgkin

Leucemia mielóide crônica juvenil

Sarcoma de Ewing

Síndromes de falência da medula óssea

Anemia aplástica severa

Anemia de Blackfan-Diamond

Disqueratose congênita

Anemia de Fanconi

Trombocitopenia amegacariocítica

Síndrome de Kostmann

Doenças do sangue

Anemia falciforme

B-talassemia (Anemia de Cooley)

Doenças do metabolismo

Adrenoleucodistrofia

Doença de Batten

Doença de Gunther

Síndrome de Hurler

Doença de Krabbe

Doença de Lesh-Nyhan

Síndrome de Maroteaux-Lamy

Imunodeficiências

Imunodeficiência combinada severa

Síndrome de Omenn

Displasia reticular

Síndrome de Wiskott-Aldrich

Doença linfoproliferativa ligada ao X

Deficiência de adesão de leucócitos

Outras doenças

Síndrome de Evans
Linfohistiocitose familiar

Osteoporose

No futuro

Doenças neurológicas

Doenças cardiovasculares

Doenças metabólicas

Alimente bem seu corpo e passe 9 meses supersaudáveis

Sabe aquela história de que grávida tem que comer por dois? É verdade. Mas peraí! Não é para comer por duas pessoas, e sim por dois motivos: a sua saúde e a do seu bebê. Isso não tem nada a ver com dobrar as porções e traçar dois pratos cheios no almoço.

Sim, você deve aumentar a quantidade das calorias na sua dieta. Mas seu corpo precisa de, no máximo, 350 calorias a mais por dia o equivalente a dois copos de leite integral. O que realmente importa não é comer mais, e sim comer bem.

"Na gestação, o organismo da mulher precisa de mais nutrientes para que o bebê cresça e se desenvolva", explica a nutricionista Manoela Figueiredo. Como conseguir isso? Mantendo uma dieta variada e rica em frutas, verduras, leite e derivados, carnes magras e carboidratos integrais. Descubra agora mais segredos para se alimentar bem durante os nove meses.

Prato cheio na medida certa
Nos primeiros três meses, uma grávida precisa de 150 calorias a mais por dia. No segundo e no terceiro trimestres, são entre 300 e 350 calorias a mais sem culpa. Isso é uma média cada gestante tem necessidades diferentes. Depende de como era a alimentação e o peso dela antes da gestação, e de como está sua saúde , diz Manoela.

A alimentação na gravidez está cercada de mitos. Além de comer por dois , tem gente que acredita que, quanto mais a gestante engorda, melhor para o bebê. Bobagem. Engordar além da conta é tão ruim na gestação quanto em qualquer outra época da sua vida. Na verdade, assim como quando você não está grávida, o segredo para uma alimentação saudável nesse período é o mesmo: comer de tudo, sem exageros, respeitando a fome e driblando a gula.

A publicitária Laura Guimarães, uma das criadoras do blog Mothern (www.mothern.blogspot.com), que virou programa no canal pago GNT, como uma boa mãe moderna, cuidou direitinho da alimentação durante suas duas gestações. Procurei ter uma alimentação natural, obedecendo minha fome de grávida, mas sem exageros, conta.

O prato da grávida saudável é variado e colorido. Todos os grupos alimentares devem constar na sua dieta diária: vegetais, frutas, legumes, carboidratos, proteínas e gorduras, além de muita água. Para garantir disposição o dia todo e ajudar a combater problemas como náuseas, cansaço e azia, as refeições devem ser divididas entre três principais: café da manhã, almoço e jantar, com pelo menos dois lanchinhos entre elas.

Alimentos industrializados, gorduras saturadas, frituras, excesso de café e de açúcar devem ser evitados a todo custo. Bebidas alcoólicas, nem pensar: elas fazem mal para o seu bebê. Na dúvida, o médico ou uma nutricionista podem ajudar. Nunca é demais lembrar que, agora, o que está em jogo é a saúde do seu filho, então nenhum sacrifício é demais.

Ganhe peso com saúde
O peso é um dos indicadores usados pelo médico para determinar se a gestação é normal e saudável. O que define quantos quilos você pode (e deve) ganhar ao longo dos nove meses é o número que a balança apontava antes de engravidar.

É uma conta simples: mulheres com sobrepeso ou obesidade devem manter a dieta normal (e não aumentar o consumo de calorias) para ganhar entre sete e nove quilos. Quem estava em forma pode comer mais um pouquinho e aumentar entre nove e onze quilos na gravidez. Quem estava abaixo do peso considerado saudável para sua altura deve se reforçar a alimentação e engordar por volta de 14 ou 15 quilos. Para quem espera gêmeos, esses limites são mais largos.

Não se trata de uma questão estética. Extrapolar ou ganhar menos peso do que o recomendável prejudica a saúde do bebê. Mulheres muito magras que não se alimentam bem durante a gravidez podem ter filhos com problemas neurológicos, baixa imunidade e mau funcionamento de órgãos como pulmão e fígado.

Por outro lado, grávidas que engordam muito podem desenvolver obesidade, pressão alta, diabetes e ter filhos com tendência a serem gordinhos vida afora. Uma avaliação nutricional no começo da gravidez ajuda a entender qual é o seu caso e qual a melhor dieta a seguir.

Se você engordar na proporção certa, terá voltado a sua forma anterior até dois meses depois do parto. Isso porque boa parte do peso acumulado não é gordura.

Além do bebê, que pesa em média 3,2 quilos, o útero fica com quase um quilo. A placenta pesa 600 gramas e, só de sangue e outros fluidos, você engorda mais 3,6 quilos. Os seios maiores, por causa da amamentação, aumentam mais um quilo na balança.

O que não pode faltar na sua alimentação
Você tem um bebê para fabricar , e isso não se faz com pizza e chocolate. Para dar conta desse trabalho, seu corpo precisa de mais nutrientes, que vão manter a sua saúde e garantir o desenvolvimento do seu filhote. Veja o que não pode faltar no seu cardápio:

Ácido fólico
Também conhecido como vitamina B9, o ácido fólico ajuda a formar o tecido nervoso e as células sanguíneas do bebê. A carência desse nutriente pode causar doenças e mal-formações no feto. Ele é encontrado em vegetais verde escuros, fígado, leguminosas e frutas cítricas, mas é difícil suprir necessidade diária da gravidez, de 600 microgramas, só com a alimentação. Por via das dúvidas, a maioria dos médicos indica um suplemento.

Cálcio
Para formar os ossos do bebê, você tem que reforçar seu consumo de cálcio. Uma grávida precisa de 1.300 miligramas desse mineral por dia, 30% a mais do que o normal. Você encontra o cálcio no leite e no iogurte (prefira os desnatados) e também em queijos magros, como o minas e a ricota.

Ferro
Até o fim da gravidez, o volume de sangue no corpo da mulher terá aumentado até 50%, para dar conta de suprir as necessidades do morador extra. Se a alimentação não for reforçada com mais ferro, é comum a grávida desenvolver anemia. Essa doença diminui a capacidade do sangue de distribuir o oxigênio para as células e causa fraqueza, cansaço e tonturas, entre outros problemas. Feijão, carne vermelha e verduras escuras como espinafre são boas fontes de ferro, mas o médico pode indicar um suplemento.

Fibras
Conforme aumenta de tamanho, o útero pressiona o intestino, o que pode causar prisão de ventre em algumas gestantes, agravada pelos hormônios que deixam o funcionamento dele mais lento. Por isso, o consumo de fibras presentes em frutas, verduras e cereais integrais é fundamental para manter seu corpo regularizado.

Proteínas
Presente em todos os tipos de carnes, em leguminosas como feijão e no leite e seus derivados, esse nutriente é importantíssimo para a construção dos músculos do seu bebê. São recomendados 60 gramas por dia, o equivalente a dois bifes por dia.

Vitaminas
Elas têm mil e uma funções para a saúde do bebê e da mãe. Quem mantém uma alimentação bem variada e colorida, com bastantes frutas, legumes, verduras, nozes, carnes magras, derivados de leite e cereais integrais supre todas as necessidades do organismo. Mas o médico também pode indicar um suplemento se achar necessário.


Meu filho vai nascer com cara de...

Uma das partes mais divertidas da gravidez é sentir desejos e ver todo mundo correndo para satisfazê-los. Por que isso acontece? Segundo a nutricionista Manoela Figueiredo, nem as vontades, nem as aversões podem ser comprovadas cientificamente. Os alimentos mais queridos ou detestados variam para cada mulher: quem nunca ouviu a história de uma grávida que só comia dobradinha ou feijão gelado e corria para o banheiro se sentisse o cheiro de chocolate? Acontece.

Talvez seja só um charme afinal, quem carrega um bebê na barriga pode muito bem se sentir no direito de ter os mimos atendidos. Os desejos mais relatados são de doces e derivados do leite, como sorvete , conta Manoela. Mas essa vontade irresistível também pode ser um jeito do corpo sinalizar que está sentindo falta de alguma coisa e levar a situações bizarras como comer ferrugem ou terra vermelha, por exemplo.

Essa síndrome leva o esquisito nome de picamalácia, e sua explicação é controversa. Uma delas é que os alimentos estranhos, que antes não eram nem um pouco atraentes, trariam a sensação de alívio para náuseas e vômitos. Outra, mais aceita, é de que há uma deficiência de nutrientes essenciais, como o ferro, que leva a grávida a comer substâncias que, embora não sejam alimentos, contém esse nutriente como, por exemplo, um tijolo.

Para tratar esses desejos malucos da picamalácia, é preciso repor os nutrientes que estão faltando na alimentação da gestante. Nos casos mais graves, essa doença pode trazer complicações graves para a mãe e para o bebê afinal, terra e tinta descascada (lanchinhos comuns para quem sofre disso) não são comida, e podem causar de feridas no estômago a envenenamento.

Qual a melhor dica que você já recebeu para levar adiante
uma gravidez tranqüila?

Chá De Bebê

Agora que você já ostenta um barrigão de dar inveja, pode começar a pensar no seu chá-de-bebê. Existem pelo menos dois bons motivos que justificam esse evento ancestral: a economia e o encontro com os amigos mais próximos. Com tantas despesas na gestação, agora as pessoas queridas irão ajudá-la a se equipar para a chegada do filhinho.Além disso, é importante para a futura mamãe compartilhar esse momento tão importante da sua vida. O ideal é fazê-lo entre o sexto e oitavo mês de gestação. Nessa época, a grávida não sofre tanto com inchaços nas pernas, nem com os enjôos, e tem condições físicas de festejar. Uma festa durante o dia também tem a vantagem de cansar menos.

Os preparativos
Organizar um chá-de-bebê não requer muita prática, nem muita habilidade. Antes era tradicionalmente organizado por uma amiga ou parente da gestante, mas hoje a própria mamãe pode fazer as honras de anfitriã.

A farmacêutica bioquímica Bruna Schmidt, 28 anos, mãe da pequena Júlia, 4 meses, não poupou esforços para o seu chá. "Em cada convite coloquei uma sugestão de presente, todos bem baratinhos e úteis, mas ganhei coisas além do que imaginava", conta. "Se eu fosse reviver o chá pediria mais pomada, fraldas e algodão, que acabam como água. O sabonete líquido glicerinado tenho estocado para as próximas décadas, porque como o corpinho da criança é pequeno, usa-se em pouca quantidade."

O convite pode ser comprado em papelarias, impresso no computador, enviado por e-mail ou escrito à mão. Para facilitar a compra dos presentes, não esqueça de dizer o nome do bebê, caso já tenha sido escolhido, ou, até mesmo, o sexo da criança. Mesmo que seja uma reunião tradicionalmente feminina, os homens são bem-vindos, mas evita-se levar crianças.

A jornalista Carolina Nodari, 27 anos, mãe de Luiza, 1 ano e 10 meses, teve sorte: conseguiu ter dois chás-de-bebês em duas cidades diferentes. No primeiro, em Brasília (DF), valeu-se de um modelo muito usado ultimamente. Dispensou os presentes e pediu apenas fraldas. "Ganhei pacotes aos montes. Usei as fraldas durante meses e meses", diz Carolina. Na segunda edição, em Florianópolis (SC), optou pelos presentes. "Acho que as pessoas procuraram dar coisas diferentes, o que para mim foi ótimo. O cortador de unha, uso até hoje porque é daqueles especiais para bebê", explica.

Uma outra opção, também muito prática, são as listas de presentes montadas pelas casas especializadas em artigos para criança. O esquema funciona exatamente igual às listas de casamento: você vai até a loja, escolhe o que quer ganhar e seus convidados vêem o que podem comprar.

Este método conta com duas grandes vantagens: primeiro, evita o o risco de receber presentes repetidos. Segundo, as pessoas podem decidir o que comprar e receber o pedido sem sair de casa, serviços disponíveis pela internet.

Local e cardápio ideal

O local da festinha fica a critério da mamãe. Pode ser na sua casa, na dos amigos, no salão de festas, em um bar ou restaurante. O ambiente pode ser decorado com elementos infantis e os presentes, colocados dentro do berço. Para não gastar muito, peça para os convidados levarem um petisco ou bebida. Carolina Nodari não abriu mão do conforto do lar para receber os convidados. "Preferi algo mais caseiro por ser mais aconchegante e divertido. Pedi para algumas amigas levarem comes e bebes e ninguém ficou sobrecarregado", lembra.

O cardápio do encontro muda de acordo com o horário. Quem preferir uma reunião por volta da hora do almoço, pode servir uma espécie de café da manhã reforçado, com saladas, frios e pães. Nesse caso, vale até uma massa com molho leve, de ervas ou tomates. À tarde, aposte em um farto brunch. Sirva sanduíches de patê de cebola, presunto, queijo, patê de ricota com uvas-passas, empadinhas, coxinhas, tortas e croquetes. Não podem faltar os docinhos e o bolo. "Preparei uma mesa no salão de festas do prédio no estilo café-colonial. Encomendei os salgadinhos e ganhei os pratos doces dos convidados. As pessoas lembram até hoje", conta Bruna Schmidt.
As brincadeiras tornam a reunião mais divertida. Mas nada de maltratar ou deixar a grávida constrangida .Fazê-la adivinhar o presente e, a cada erro, desenhar no seu barrigão rende boas risadas. Vale brincar com batom, sombra e lápis de olho.
Mamãe superequipada

Confira a lista de itens básicos, com tudo o que não pode faltar no enxoval

Fralda descartável tamanho P e M
Fralda de pano Banheira de plástico
Sabonete neutro (glicerina)
Toalha de banho com capuz
Saboneteira
Casaquinhos
Mijões
Pagões
Bastonetes de algodão
Porta-bastonetes
Algodão em bolas
Porta-algodão
Tesoura (sem ponta) ou cortador para cortar unha
Escova e pente
Xampu neutro
Lavanda (sem álcool)
Lenços umedecidos
Babadores
Termômetro
Mamadeiras
Esterilizador de mamadeiras
Caixa plástica (para guardar mamadeiras esterilizadas) Escova para lavar mamadeira (2 unidades)
Pratinho de plástico
Talheres de plástico
Mordedor (silicone/borracha)
Meias
Lençóis de berço e de carrinho
Cobertores, mantas e acolchoados
Travesseiro antialérgico
Livro do bebê
Álbum para fotos

Viagem Na Gravidez

Todo mundo arrumando as malas para sair de férias e você se perguntando se é seguro viajar durante a gravidez ou terá que ficar em casa colecionando cartões-postais? Fazer viagens na gestação é permitido e pode ser tão divertido quanto antes, mas há cuidados especiais que devem ser levados em consideração.

Antes de traçar o roteiro turístico ideal, a regra básica é consultar o seu médico. "A gestante passará por uma avaliação e isso dará mais tranqüilidade e segurança para viajar" , diz a ginecologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, Albertina Duarte.

O período ideal para a futura mamãe viajar é durante o segundo trimestre de gravidez, entre a 20ª e 28ª semana. O primeiro trimestre, até a 14ª semana, é uma fase mais delicada da gestação, pois o risco de acontecer sangramentos e um aborto é maior.
"O aborto espontâneo pode acontecer, independente da viagem, mas a mãe se sentirá culpada se ocorrer" , explica Albertina. Já no último trimestre aumentam as chances de parto prematuro e rompimento da bolsa uterina. Após o sétimo mês, não é recomendado viagens longas.
Porém, as viagens curtas com até 1h30 de duração são liberadas em todos os trimestres , destaca a ginecologista de São Paulo.

A viagem de avião possui algumas particularidades. É comprovado que mudanças de altitude podem romper a bolsa. A influência da pressurização da aeronave não é confirmada, mas mesmo assim, os médicos não aconselham se arriscar em ambientes onde existe alteração de pressão do ar.

A ginecologista Albertina Duarte recomenda o avião apenas no segundo trimestre da gravidez e, em caso de viagens com mais de doze horas de duração, o ideal é prezar por escalas entre o destino final para relaxar e descansar o corpo.

Comprando a passagem
Antes de fechar o pacote, é necessário verificar com a empresa se não há nenhuma restrição quanto à gravidez. "As companhias pedem um atestado médico comprovando que a gestante está bem para seguir viagem" , explica a ginecologista do Hospital das Clínicas. Se você está viajando após o começo do sétimo mês, provavelmente terá que assinar um termo de responsabilidade. Cada empresa aérea tem regras próprias.

De avião, carro, ônibus ou navio o importante é sentir-se confortável. Para evitar dores nas pernas e inchaços nos pés e tornozelos, use uma meia elástica própria para gestantes. Se não está acostumada, procure vesti-la ao menos uma semana antes para se adaptar.

No avião, sente em uma poltrona onde possa apoiar a perna para não provocar dormência. Durante o trajeto, não deixe de levantar e caminhar para auxiliar a circulação sangüínea. Outro ponto fundamental é não mudar a rotina da alimentação e ingestão de medicamentos e vitaminas. O ideal é alimentar-se 1 hora antes para dar tempo de fazer a digestão e evitar hipoglicemia e fraqueza.

Nessa hora, também vale beber muita água, para não desidratar e não alterar a pressão arterial, mas nunca viaje com a bexiga cheia. Faça xixi, quando estiver com vontade. "A incidência de infecção urinária é muito maior na gravidez e, além disso, pode ser uma das causas do parto prematuro" , alerta Albertina Duarte.

Medicamentos contra enjôos e cólicas não têm contra-indicação. Mesmo assim, consulte seu ginecologista antes de usá-los. "Ao chegar no seu destino, descanse o quanto puder para adaptação do organismo. E sempre tenha em mãos o telefone do seu médico para esclarecer dúvidas" , recomenda Albertina.

Aprenda a montar o prato e tenha uma gestação tranqüila

Mudar a alimentação durante a gravidez é inevitável: além de enjoar uma série de alimentos, você sente muito mais fome. Mas nada de usar o bebê que está chegando como desculpa para perder os limites. "Sem dúvida é um momento especial na vida da mulher e exige uma alimentação equilibrada. Entretanto, isso não significa comer por dois", diz a nutricionista do Hospital e Maternidade Pro Matre, Magda Britto dos Santos.

Na pirâmide alimentar, você encontra a fórmula para atravessar a gestação sem engordar demais nem ouvir o estômago roncar a cada 15 minutos. "Basta consultar o gráfico e fazer alguns ajustes, de acordo com a fase", afirma Magda.

Composta por proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais, a pirâmide atende todas as necessidades do organismo. Segundo a nutricionista, o controle do peso durante os nove meses é feito a partir dos quilos que a mulher apresentava antes de engravidar.
Isso também influencia na quantidade das porções que a gestante deve ingerir.

Magda explica que uma mulher normal (sem sobrepeso) consome, em média, 2.000 calorias diárias. Já as grávidas devem ingerir por volta das 2.300 calorias. Isso garante que, ao longo da gravidez, a mãe engorde de 9 a, no máximo, 14 quilos.

Para montar um prato cheio de benefícios ao bebê e favorável à saúde da gestante, a nutricionista da Pro Matre fez uma lista com os nutrientes que não podem faltar na alimentação das mamães.

Proteínas
A proteína desempenha papel importante na formação da placenta. Por isso, a recomendação é aumentar sua ingestão durante a gravidez. "Para explicar a importância das proteínas para minhas pacientes, comparo-as com os tijolos de uma casa. Elas são responsáveis por construir os tecidos do organismo, tanto do bebê quanto da mãe", diz Magda. Carne, leite, ovos e queijos são alguns exemplos de alimentos ricos em proteínas. "As principais fontes de proteína são alimentos de origem animal", exemplifica a nutricionista.

Carboidratos
Fonte de energia para realizar qualquer atividade, os carboidratos devem marcar presença no cardápio das gestantes. Em falta, o organismo acaba usando outros alimentos para retirar a energia de que precisa, prejudicando outras áreas. Magda alerta que "ao obter energia através das proteínas, por exemplo, a mulher acaba perdendo o que chamamos de massa magra do corpo, os músculos". É por este motivo que, das seis refeições que a grávida precisa fazer ao longo do dia, pelo menos quatro devem vir acompanhadas de algum tipo de carboidrato. Eles são encontrados no arroz, macarrão, pão, cereal, na batata e nas frutas.

Vitaminas e sais minerais
Formando o time dos micronutrientes, as vitaminas e sais minerais são encontrados nas verduras, frutas e legumes. Dentre toda a variedade, a nutricionista destaca as principais e explica como agem no organismo.

Vitamina A
Vitamina importante na formação e manutenção da placenta. Também ajuda a manter a imunidade da mãe, garantindo o bom desenvolvimento do feto. É encontrada, entre outros alimentos, no fígado de boi, na cenoura, na manga, na abóbora, no espinafre e no agrião. "Com todas essas possibilidades, eu aconselho que a gestante aproveite todos os alimentos e varie o cardápio. Isso é sinônimo de alimentação equilibrada", afirma Magda.

Vitamina C
Também conhecida como ácido ascórbico, a vitamina C é bastante indicada para evitar o envelhecimento, já que ajuda na produção de colágeno (substância que dá firmeza à pele). Encontrada em frutas como acerola, laranja, limão, morango e goiaba, e também nas folhas verdes e batata. Além de seus próprios benefícios, a vitamina ajuda o organismo a absorver o ferro de origem vegetal. Magda dá a dica: "Um copo de fruta cítrica acompanhando as principais refeições do dia, ajuda a absorver os nutrientes de cada alimento".

Ácido fólico
Por ajudar na formação do tubo neural do feto (auxílio na construção do sistema nervoso do bebê), o ácido fólico é bastante recomendado às mulheres que programam a gravidez ou que estão no início da gestação. Ele também participa da divisão celular na hora de formar o embrião e da formação dos anticorpos do bebê. Por isso, além da alimentação, alguns médicos indicam a vitamina como instrumento medicamentoso. Para desfrutar dos benefícios do acido fólico, a grávida deve ingerir fígado de boi, espinafre, feijão e suco de laranja. Suplementação, só com orientação de um especialista.

Ferro
Além de dar uma mãozinha no crescimento do feto, o ferro evita que o nenê nasça antes da hora e aumenta a imunidade. O mineral está presente na hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio pelo sangue, e não pode estar em falta no organismo da gestante. O ferro é achado em verduras verdes, grãos como lentilha e feijão, carnes vermelhas (especialmente no fígado de boi) e na banana prata.

Cálcio
Micronutriente importantíssimo no terceiro trimestre de gravidez, "na maioria das vezes, os médicos prescrevem o cálcio como complemento da alimentação", diz a nutricionista. Ela explica que nem todas as necessidades são supridas pelos alimentos e, em certas ocasiões, os suplementos entram em ação. O cálcio é fundamental na formação dos ossos (agindo até mesmo na arcada dentária do nenê que, apesar de não ser aparente, já se forma dentro da gengiva), ajuda a evitar contrações do útero antes da hora e evita que a mãe sofra de pressão alta na fase da amamentação. Suas fontes são leite, iogurte, queijo, salmão, sardinha, figo seco, couve e espinafre. "Eu sempre aconselho que as pessoas evitem qualquer tipo de cafeína depois de ter ingerido algum alimento rico em cálcio, pois ela reduz a absorção do nutriente pelo organismo", aconselha Magda.

Fique atenta aos excessos
O fígado de boi é um alimento rico em diversos nutrientes. Porém, não deve ser ingerido mais que duas vezes por semana, já que pode se tornar prejudicial à saúde da grávida.

Devido à sua diversidade em vitaminas e sais minerais, ele precisa ser dosado. A vitamina A, por exemplo, se ingerida demasiadamente, pode provocar malformação do feto. "Por isso, sempre recomendo um acompanhamento alimentar personalizado", afirma a nutricionista do Hospital e Maternidade Pro Matre

Melhor alimentação é arma contra enxaqueca infantil

Quando o médico pediu a Aidan Lenski para identificar um pedaço nada atraente de brócolis falso, o menino de dois anos só dizia "feio". Aidan foi, contudo, capaz de identificar cenouras, arroz e pão, ajudando os médicos do hospital infantil de Aurora, subúrbio de Denver, no Estado americano do Colorado, a descobrir por que o menino tinha tantas dores de cabeça.

Acrescentar mais água, sucos de frutas e salada de pepino a dieta de Aidan deve ter sido a chave para curar sua dor. A frequência de suas dores de cabeça ¿ que apareciam quase semanalmente ¿ diminuiu muito há poucos meses quando passou a contar com uma nova babá que odeia comidas gordurosas, Elizabeth Lenski de Longmont, a cerca de 50km de Denver.

De 4% a 10% das crianças ¿ meninas com mais frequência que os meninos ¿ têm enxaquecas, algumas graves suficientes para fazê-los faltar às aulas e causar visão turva, náusea e sono excessivo no meio do dia.

Diagnósticos
As crianças geralmente recebem diagnósticos errados dos pediatras como problemas de visão, gastrointestinais ou sinusite. "Muitas pessoas não se dão conta que têm enxaquecas", disse Tonia Sabo, neurologista que dirige uma clínica especializada em dores de cabeça infantil. "A maioria dos pais está preocupada achando que os filhos têm tumor no cérebro ou algo parecido, o que é extremamente raro", explicou.

A clínica recebe até 100 crianças e adolescentes com dores de cabeça por mês. Os casos mais complicados ¿ uma média de 13 por mês ¿ acabam na clínica. Um desenho sobre um tigre com náuseas com dor de cabeça ensina as crianças a tomarem café da manhã, cortar cafeína e relaxar.

Os pequenos que chegam à clínica têm de ter um diário do que comem todo dia e desenhar uma figura de como sentem a dor de cabeça. Alguns desenharam raios ou martelos batendo em suas cabeças. Um deles fez rabiscos coloridos saindo da mão, significando fraqueza. Em alguns desenhos, conta a enfermeira Mary Anne Maddox, as cabeças têm uma fenda.

Sabo acha que uma dieta pobre junto com sono e exercício, é um grande fator de risco para enxaquecas em crianças. Ela está no meio de um estudo de três anos para determinar se as crianças têm menos dores de cabeça quando têm magnésio adequado e vitamina B2. Alimentos ricos nesses nutrientes, como sementes de abóbora, espinafre, sardinhas, brócolis, aspargo, quiabo, folhas de beterraba e queijo cottage, parecem não estar no topo da lista dos favoritos das crianças.

 
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