A Perda De Líquido Aminiótico Pode Ser Prejudicial A Mãe

A perda do líquido amniótico ocorre quando há uma ruptura das membranas amnióticas, responsáveis por proteger o precioso material. Isto geralmente acontece no nível do colo uterino e, na maioria das vezes, a ocorrência é verificada antes do bebê estar "maduro".

A causa mais provável está ligada à presença de infecções vaginais que fragilizam estas membranas. Outras situações de risco, incluem a ruptura alta das membranas, ou seja, longe do colo uterino, quando o diagnóstico é mais difícil. As causas são pouco conhecidas. "Em situações em que procedimentos invasivos são realizados, como no caso da amniocentese ou cordocentese, existe o risco de haver uma ruptura, chamada iatrogênica", explica o coordenador do Pré-natal Especializado e chefe do Pronto-Socorro de Obstetrícia, Dr. Abner Augusto Lobão Neto.

A perda de líquido pode ser danosa para a mãe, pois a predispõe a infecções que podem estar presentes na vagina. Essas infecções podem entrar em contato com o ambiente protegido, no qual encontra-se o bebê. "Esta potencial infecção pode ser muito desfavorável ao bebê. A criança pode nascer gravemente doente e, em casos que conhecemos como sepsis (infecção generalizada), o problema pode levar o feto à morte", alerta.
Para a mãe, uma infecção no útero pode levar à perda o órgão, ou ainda à morte, caso a infecção se alastre para o restante do organismo.

Deve-se sempre levar em consideração a idade gestacional em que ocorre a perda do líquido amniótico. Se o fato acontece bem no início da gravidez, nos primeiros três meses, a evolução do quadro apontará para um possível aborto. Em raros casos, há o fechamento espontâneo de orifício por onde se dá a saída do líquido, portanto, a gestação prossegue normalmente a partir de então.

Quando a infecção ocorre após as 37 a semana de gestação, o melhor a acontecer é o nascimento do bebê, que nesta ocasião encontra-se maduro. Agora, quando o fato ocorre no "meio" da gravidez, a situação é bem mais delicada.

Podemos dividir este período em duas partes:
Na inicial, entre as 12º e 26º semanas, aproximadamente, quando a possibilidade de sobrevivência do bebê é menor, sendo proporcionalmente maior de acordo com a idade gestacional.
Entre 26º e 37º semana o índice de sobrevivência é bem maior, especialmente se não houver infecção do bebê.

 
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