Não temam as chupetas. As mães que se preocupam com a possibilidade de que permitir que os bebês usem chupetas prejudique o amamente materno deveriam relaxar, afirma um novo estudo. Em artigo publicado pela Archives of Pediatric & Adolescent Medicine, pesquisadores afirmam não ter encontrado provas convincentes de uma conexão entre o uso de chupetas e a amamentação.
"As chupetas tradicionalmente são vistas como inimigas das melhores práticas de amamentação", escreveram os pesquisadores, da escola de medicina da Universidade da Virgínia. Nos anos 80, as autoridades de saúde norte-americana desencorajavam seu uso.
Mas nos últimos anos os pesquisadores descobriram indícios de que os bebês que usem chupetas ao dormir podem ser menos suscetíveis à síndrome de morte infantil súbita. A Academia Americana de Pediatria agora recomenda o uso de chupetas, por esse motivo.
Para os médicos, isso significa que existem duas necessidades aparentemente opostas: a de encorajar a amamentação materna, que é o método mais saudável de nutrir bebês, e a de reduzir o risco de mortes súbitas.
Para o estudo, os pesquisadores revisaram 29 estudos, realizados em 12 países, que tratavam de amamentação e do uso de chupetas. A diretora da pesquisa foi a Dra. Nina O¿Connor, do programa de residência da Clínica Familiar Chestnut Hill, de Filadélfia. Os pesquisadores constataram que as mulheres cujos filhos usavam chupetas pareciam deixar de amamentá-los mais cedo do que outras mulheres, mas ao que parece as chupetas não são o motivo.
Um dos redatores do estudo, a Dra. Fern Hauck, recomendou que chupetas comecem a ser usadas quando o bebê chega a três ou quatro semanas de idade.