Antes de traçar o roteiro turístico ideal, a regra básica é consultar o seu médico. "A gestante passará por uma avaliação e isso dará mais tranqüilidade e segurança para viajar" , diz a ginecologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, Albertina Duarte.
O período ideal para a futura mamãe viajar é durante o segundo trimestre de gravidez, entre a 20ª e 28ª semana. O primeiro trimestre, até a 14ª semana, é uma fase mais delicada da gestação, pois o risco de acontecer sangramentos e um aborto é maior.
A viagem de avião possui algumas particularidades. É comprovado que mudanças de altitude podem romper a bolsa. A influência da pressurização da aeronave não é confirmada, mas mesmo assim, os médicos não aconselham se arriscar em ambientes onde existe alteração de pressão do ar.
A ginecologista Albertina Duarte recomenda o avião apenas no segundo trimestre da gravidez e, em caso de viagens com mais de doze horas de duração, o ideal é prezar por escalas entre o destino final para relaxar e descansar o corpo.
Comprando a passagem
Antes de fechar o pacote, é necessário verificar com a empresa se não há nenhuma restrição quanto à gravidez. "As companhias pedem um atestado médico comprovando que a gestante está bem para seguir viagem" , explica a ginecologista do Hospital das Clínicas. Se você está viajando após o começo do sétimo mês, provavelmente terá que assinar um termo de responsabilidade. Cada empresa aérea tem regras próprias.
De avião, carro, ônibus ou navio o importante é sentir-se confortável. Para evitar dores nas pernas e inchaços nos pés e tornozelos, use uma meia elástica própria para gestantes. Se não está acostumada, procure vesti-la ao menos uma semana antes para se adaptar.
No avião, sente em uma poltrona onde possa apoiar a perna para não provocar dormência. Durante o trajeto, não deixe de levantar e caminhar para auxiliar a circulação sangüínea. Outro ponto fundamental é não mudar a rotina da alimentação e ingestão de medicamentos e vitaminas. O ideal é alimentar-se 1 hora antes para dar tempo de fazer a digestão e evitar hipoglicemia e fraqueza.
Nessa hora, também vale beber muita água, para não desidratar e não alterar a pressão arterial, mas nunca viaje com a bexiga cheia. Faça xixi, quando estiver com vontade. "A incidência de infecção urinária é muito maior na gravidez e, além disso, pode ser uma das causas do parto prematuro" , alerta Albertina Duarte.
Medicamentos contra enjôos e cólicas não têm contra-indicação. Mesmo assim, consulte seu ginecologista antes de usá-los. "Ao chegar no seu destino, descanse o quanto puder para adaptação do organismo. E sempre tenha em mãos o telefone do seu médico para esclarecer dúvidas" , recomenda Albertina.