Criança sem vacina é 23 vezes mais propensa a ter coqueluche

A teoria da imunidade do rebanho assegura que quando a maioria das pessoas em um grupo é vacinada, todos estão protegidos - até mesmo aqueles que recusam a vacina, como muitas famílias estão fazendo ultimamente, devido a uma crença de que a vacinação causa autismo e outras doenças. Mas a teoria não parece funcionar bem com a tosse convulsa, também conhecida como coqueluche.

Pesquisadores estudaram crianças registradas em um plano de saúde no Colorado no período de 1996 a 2007 e descobriram 156 causas confirmadas da coqueluche em laboratório. Eles registraram o status de vacinação de cada uma e as combinaram com 595 variáveis de controle selecionadas aleatoriamente.

Depois de controlar sexo, idade, estágio da infecção e outros fatores, eles descobriram que as crianças não vacinadas eram cerca de 23 vezes mais propensas a contrair a tosse convulsa do que as crianças vacinadas. Em outras palavras, aproximadamente uma em cada vinte crianças não vacinadas foi infectada, em comparação a uma em cada 500 crianças vacinadas. O estudo aparece na edição de junho da revista Pediatrics. "Esse estudo é informação adicional que pode ser usada tanto pelos médicos quanto pelos pais", afirmou o principal autor, Jason M. Glanz, um epidemiologista da Kaiser Permanente. "Os pais precisam saber das conseqüências da escolha de não vacinar."

A coqueluche pode causar doenças sérias, especialmente em crianças. De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês), mais da metade das crianças que contraem a doença precisam ser hospitalizadas, cerca de uma em cada dez contrai pneumonia e uma em cada 50 tem convulsões. Em 2007, houve 10.454 casos de coqueluche relatados ao CDC e dez crianças morreram.

 
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